Assassino do Zodiaco

| domingo, 19 de dezembro de 2021 | |

  


 

O assassino do zodíaco, foi um serial killer que nunca foi idendificado que fez vítimas na região norte da Califórnia por 10 meses no final da década de 1960. Normalmente, quando falo sobre algum serial killer, conto um pouco sobre a vida dele antes dos assassinatos, mas neste caso, irei falar apenas dos casos e das misteriosas cartas que ele enviou a imprensa.

As vítimas eram, normalmente, jovens que estavam entre 16 e 29 anos.

 

Os casos

Embora o Zodiaco afirme ter cometido 37 assassinatos em cartas aos jornais, os investigadores concordam em apenas sete vítimas confirmadas, duas das quais sobreviveram.

Assassinato na biblioteca

 


Acredita-se que a primeira vítima de Zodíaco tenha sido Cheri Jo Bates, uma estudante universitária de Riverside, na Califórnia. Cheri foi morta do lado de fora da biblioteca do campus onde estudava, no dia 30 de outubro de 1966. Enquanto a jovem estava na biblioteca, o assassino sabotou seu carro e ficou à espreita da moça que, depois de não conseguir ligar o veículo, ao que tudo indica acabou aceitando uma carona do assassino.

Antes de Cheri morrer, ela ficou uma hora na companhia de Zodíaco, não se sabe exatamente fazendo o quê. Depois ele a matou com três facadas no peito, uma nas costas e sete no pescoço, quase chegando a decapitá-la. Ela também foi asfixiada e apanhou muito no rosto. Não foram encontrados sinais de estupro ou assalto no corpo da vítima.

Alguns registros indicam a presença de um homem branco que foi visto dirigindo um carro velho nos arredores do local do crime. De acordo com a polícia, uma pessoa teria presenciado o assassinato da estudante.

Assassinato em Lake Herman Road

 


Em 20 de dezembro de 1968, David Arthur Faraday de 17 anos de idade e Betty Lou Jensen de 16, um jovem casal de Vallejo, Califórnia, estavam realizando um passeio noturno  o casal visitou um amigo antes de parar em um restaurante local e dirigir pela Lake Herman Road.

Por volta das 10:15 da noite, David estacionou o Rambler de sua mãe em uma saída de cascalho em Lake Herman Road, uma estrada conhecida por servir de ponto de encontro para jovens casais.

Utilizando os dados forenses disponíveis, Robert Graysmith, um escritor especialista no caso do Assassino do Zodíaco, postulou que outro carro parou no desvio, pouco antes das 23h e estacionou ao lado do casal. O assassino aparentemente saiu do segundo carro e caminhou em direção ao Rambler, possivelmente ordenando que o casal saísse do Rambler.

Jensen parecia ter saído do carro primeiro, mas quando Faraday estava na metade do caminho, o assassino aparentemente atirou em sua cabeça. O assassino então atirou em Jensen cinco vezes nas costas enquanto ela fugia; seu corpo foi encontrado a 28 metros do carro. O assassino então foi embora.

Pouco depois das 23h, seus corpos foram encontrados por Stella Borges, que morava nas proximidades. O Departamento do Xerife do Condado de Solano investigou o crime, mas nenhuma pista foi descoberta.

Assassinato em Blue Rock Springs

 


Em 4 de julho de 1969, mais uma vez um casal transitava a noite pelas estradas de Vallejo, os jovens Michael Renault Mageau de 19 anos e Darlene Elizabeth Ferrin de 22, passeavam no Corvair de Darlene, que havia saído de casa com o intuito de comprar fogos de artificio para a festa de 4 de julho, porém por algum motivo passou na casa de Micheal, partindo então com o jovem rapaz em direção ao Blue Rock Springs Park a 6,4 km do local do crime na Lake Herman Road.

Segundo as investigações posteriores da polícia descobriu-se que, os dois foram seguidos por um homem em um Falcon 1958, que parou atrás do carro do casal, porém, antes dele houve outro carro que entrou no estacionamento e estacionou ao lado deles, mas quase imediatamente foi embora.

Cerca de 10 minutos depois, o carro do assassino estacionou atrás deles, nas pesquisas não fica claro se é o mesmo carro ou se são dois carros diferentes, ou até se são duas pessoas diferentes, sacou uma lanterna e andou em direção aos dois jovens, o assassino direcionou a lanterna para os olhos de Michael e depois Darlene antes de o homem puxar uma pistola do casaco que vestia e se aproximando do banco do carona em que Michael se encontrava, disparou inúmeras vezes em direção aos dois.

O incidente terminou com a morte de Darlene, enquanto Michael foi levado ao hospital de Vallejo com ferimentos graves, contudo conseguindo sobreviver, apesar de ter levado tiros no rosto, pescoço e peito. Michael descreveu seu agressor como um homem de 26 a 30 anos, 88 a 91 kg ou possivelmente ainda mais, 1,73 m, homem branco com cabelo cacheado castanho claro curto.

Exatamente à 00:40, de um telefone público, um homem ligou para a delegacia de Vallejo, por meio de uma telefonista. Nancy Slover, operadora da central telefônica da polícia, atendeu. A voz do desconhecido era firme e consistente, clara mas imperativa. A pessoa que ligou estava dando detalhes do crime que acabou de acontece. Nancy tentou interrompê-lo, para obter maiores informações, mas o homem falava alto, encobrindo a voz dela. Para Nancy, a voz parecia ser a de um adulto. Ele não parou de falar até que terminasse de dar sua declaração e assumir a responsabilidade pelo ataque

A pessoa que ligou também recebeu o crédito pelos assassinatos de Jensen e Faraday seis meses e meio antes. A polícia rastreou a ligação até uma cabine telefônica em um posto de gasolina em Springs Road e Tuolumne, localizado a cerca de 500 m da casa de Ferrin e a apenas alguns quarteirões do Departamento de Polícia de Vallejo.

Cartas Enviadas

 


Após seu ataque em julho de 1969, o Assassino do Zodíaco começou a contatar jornais por meio de cartas que incluíam detalhes que apenas o assassino saberia. Além de telefonar para a polícia depois dos assassinatos que cometeu em julho, ele fez uma confissão por telefone às autoridades policiais em setembro. O assassino do Zodíaco assumiu a responsabilidade pela morte de Stine em uma carta com o carimbo do correio em 13 de outubro de 1969, incluindo um pedaço da camisa ensanguentada do motorista. Ele também entrou em contato com a polícia por telefone vários dias após o crime


 

Em 1º de agosto de 1969, três cartas preparadas pelo assassino foram recebidas no Vallejo Times Herald , no San Francisco Chronicle e no The San Francisco Examiner .

Em 1 de agosto de 1969, três cartas foram escritas pelo assassino e enviadas para três jornais diferentes, Vallejo Times-Herald, San Francisco Chronicle e para o San Francisco Examiner.

 


 

A carta escrita pelo assassino e enviada ao San Francisco Chronicle dizia:

Caro Editor, Aqui é o assassino dos 2 jovens no último Natal no Lago Herman e da moça no dia 4 de Julho perto do campo de golfe em Vallejo

Para provar que os matei,

Eu vou contar alguns fatos que só eu e a polícia conhecemos.

Natal

1. Marca da munição Super X

2. 10 tiros foram disparados

3. O jovem estava de costas com os pés apontados para o carro

4. A jovem estava deitada sobre o lado direito pés voltados para Oeste

4 de julho

1. A jovem estava usando calças estampadas

2. O jovem foi baleado também no joelho.

3. Marca da munição foi western

Aqui está a parte de um código as outras duas partes desse código estão sendo enviadas aos editores do Vallejo Times e do SF Examiner . Quero que o senhor publique esse código na primeira página do seu jornal.

Nesse código está minha identidade.

Se o senhor não publicar esse código até a tarde da sexta-feira, lº de agosto de 69, vou iniciar uma matança louca sexta-feira à noite. Vou perambular todo o fim de semana matando pessoas solitárias à noite e continuar matando de novo, até que eu tenha uma dúzia de pessoas no fim de semana.

O São Francisco Examiner e o Vallejo Times-Herald também receberam a sinistra carta, com pequenas variações, e uma terça parte da mensagem completa em código. Os jornais publicaram uma parte do texto das cartas, mas, atendendo aos pedidos do departamento de polícia, não reproduziram a carta fielmente como foi enviada ao jornal. Isso foi feito para que fossem preservados fatos que só o assassino saberia. Trata-se de um procedimento padrão da polícia em muitos casos de assassinato, a fim de que haja provas indiscutíveis para a identificação e captura do procurado.

Em 4 de agosto de 1969 o casal Donald Gene Harden, 41 anos, professor de história e economia na Escola North Salinas e sua esposa Bettye June Harden, conseguiram decifrar o código enviado pelo assassino ao jornal. O código dizia o seguinte:

GOSTO DE MATAR PESSOAS

PORQUE É MUITO DIVERTIDO

É MAIS DIVERTIDO DO QUE

MATAR ANIMAIS SELVAGENS NA

FLORESTA PORQUE

O HOMEM É O ANIMAL MAIS

PERIGOSO DE TODOS PARA MATAR

ALGUMA COISA ME DÁ A

MAIS EMOCIONANTE EXPERIÊNCIA

É MELHOR ATÉ DO QUE

FAZER SEXO COM UMA GAROTA

A MELHOR PARTE DISSO É QUE

QUANDO EU MORRER RENASCEREI

NO PARAÍSO E OS QUE EU

MATEI SE TORNARÃO MEUS ESCRAVOS

NÃO VOU DIZER MEU NOME

SENÃO VOCÊS VÃO TENTAR RETARDAR OU

PARAR MINHA COLEÇÃO DE

ESCRAVOS PARA DEPOIS DA MORTE EBEORIETEMETHHPITI.

Em uma terça-feira, 7 de agosto de 1969, o assassino escreve sua segunda carta à polícia, dessa vez maior contendo três páginas, nessa carta pela primeira vez ele utiliza o nome Zodíaco para se referir a si mesmo, ele da mais detalhes dos assassinatos em Vallejo. O Zodíaco escrevera que quando a polícia decifrasse o código da sua última carta enviada eles o pegariam. O que o assassino não sabia é que os Harden já tinham concluído a decodificação, mas que a identidade do assassino continuava a ser um mistério.

Em dezembro de 2020, a imprensa reportou que a carta enviada ao San Francisco Chronicle em 1969 havia sido decifrada e que dizia: espero que estejam se divertindo muito tentando me pegar... Não tenho medo da câmara de gás porque ela vai me mandar para o paraíso muito mais cedo porque agora tenho escravos suficientes trabalhando para mim. O trabalho de decodificação desta carta havia iniciado em 2006 e foi feito pelo web designer David Oranchak, o matemático australiano Sam Blake e o especialista em logística da Bélgica, Jarl Van Eykcke. Segundo o grupo, o trabalho demorou mais tempo porque o assassino tinha utilizado um sistema de criptografia destinado a militares nesta mensagem.

Assassinato no Lago Berryessa

 


Em 27 de setembro de 1969, Bryan Hartnell e Cecelia Shepard, um casal de estudantes do Pacific Union College, estavam fazendo um passeio pelo Lago Berryessa, haviam chegado ao local no Karmann Ghia branco de Bryan às 16h00, o casal encontrou uma clareira na sombra para um pique​nique, a exatos 466 metros da estrada, em uma península da margem Leste do lago. Eles estenderam um cobertor e ficaram sentados, abraçados, durante uma hora.

Enquanto apreciava a paisagem o casal foi surpreendido por um homem corpulento de mais ou menos 1,80 de altura usando uma macabra roupa preta com capuz cobrindo a cabeça, na parte da frente da roupa podia-se ver o símbolo do Zodíaco, um círculo cortado por uma cruz ao centro, como se fosse a mira de uma arma. O homem abordou os jovens e após amarra-los deitados ao chão, desferiu vários golpes de faca em cada um deles, novamente como havia acontecido no último ataque do assassino, o rapaz sobreviveu enquanto a garota acabou falecendo, não resistindo aos 24 ferimentos de faca em seu corpo.

O assassino antes de ir embora deixou escrito na porta do carro do rapaz a seguinte descrição:

Vallejo

20-12-68

4-7-69

27 set, 69-6h30

A faca

Assassinato de Paul Stine

 


Algumas semanas após o assassinato de Cecilia, em 11 de outubro de 1969 um taxista chamado Paul Stine transportava um passageiro que havia pegado em Forte Heights, o passageiro ao ver que havia alguém transitando na rua naquele momento, pediu para o taxista andar mais uma quadra, chegando na esquina da Washington com a Cherry. Ali o homem corpulento sacou uma pistola do seu casaco preto e disparou a queima roupa contra o crânio de Stine. A morte foi quase instantânea.

Em 8 de dezembro de 1969, o assassino mandaria aos jornais ainda mais cartas, uma toda criptografada, contando com 340 caracteres, e outra se gabando de ter cometido vários outros assassinatos na região

Ataque à Kathleen Johns

 


Na noite de 22 de março de 1970, Kathleen Johns fazia uma viagem entre San Bernardino e Petaluma para visitar sua mãe, quando foi abordada por um homem que deu sinal para que ela parasse o carro. O homem disse para a jovem que a roda traseira de seu carro estava solta, e que ele poderia consertar se fosse da vontade dela, Kathleen aceitou a ajuda do estranho, porém ao invés de apertar a roda ele afrouxou a mesma. Quando a jovem deu partida no carro novamente e andou alguns metros a roda se soltou, o homem então aproveitou a situação e ofereceu carona à mulher, que acompanhada de seu filho de colo, aceitou prontamente.

O homem então partiu pela rodovia e pouco tempo depois começou a ameaçar a mulher e seu filho, dizendo que mataria a jovem depois que atirasse o bebê pela janela do automóvel, desesperada a mulher se atirou para fora do carro e se escondeu em meio a vegetação, o assassino ainda tentou encontrar a mulher, rondou a localização por algum tempo, porém não conseguindo encontrar a jovem acabou desistindo e indo embora. Dias depois, após depoimento à polícia, Kathleen reconheceu o homem que a havia sequestrado naquele dia em um cartaz de procurado na delegacia, o cartaz em questão pertencia ao Zodíaco.

Carta à Paul Avery



 

Em 27 de outubro de 1970, o jornalista investigativo do jornal San Francisco Chronicle, Paul Avery, recebeu uma carta do Zodíaco endereçada especialmente a ele, na verdade se tratava mais de um cartão barato comprado na época do Halloween para enviar a outras pessoas..

O jornalista havia feito muitas matérias a respeito do assassino, em algumas o insultando e o chamando de homossexual enrustido, pelo fato de quase sempre apenas as mulheres morrerem durante seus ataques, deixando a impressão de que o assassino se esforçava mais para matar as mulheres do que os homens.

O cartão dizia o seguinte:

Sinto nos meus ossos,

Você pena para saber meu nome,

Então vou dar uma pista...

Mas então por que estragar nosso jogo!

BU Feliz Halloween

Ataque em Riverside

 


Na época de divulgação da carta em ameaça à Paul Avery, veio a tona um incidente ocorrido em Riverside, o caso foi informado ao próprio jornalista que pessoalmente foi atrás das informações, se tratava de um assassinato a uma jovem estudante chamada Cheri Jo Bates, que estudava no Riverside City College, a jovem de apenas 18 anos foi morta de maneira brutal, esfaqueada por um homem, que após cometer o crime escreveu o que ocorrera em uma tábua de madeira encontrada dentro da universidade, além de mandar cartas à família da vitima, o modus operandi parecido com o do Zodíaco chamou a atenção das autoridades, que passou a supor que esse crime que também não teve solução, poderia ter sido cometido pelo assassino em série. Porém apesar de os investigadores terem encontrado fortes indícios da participação do Zodíaco no crime, nunca se encontraram provas suficientes para liga-lo ao assassinato.

Desaparecimento no Lago Tahoe


 

Em 22 de março de 1971, um cartão endereçado a "Paul Averly" (Paul Avery, o assassino escrevera o nome do jornalista de forma errada, acrescentando um L, como havia acontecido também na carta de ameaça), chegou a correspondência do San Francisco Chronicle, nesse cartão o assassino assume a autoria do desaparecimento de Donna Lass em 6 de setembro de 1970. As frases “12 a vítima é procurada”, “vasculhar os pinheiros", “além das áreas do Lago Tahoe”, “Sierra Club” e “no meio da neve” tinham sido recortadas de um jornal e coladas no cartão. A jovem de 25 anos desapareceu após sair de seu emprego no hotel Sahara Tahoe rumo a sua casa, seu carro foi encontrado em frente ao seu apartamento, não havia sinais de luta corporal e nem indícios suspeitos, seu corpo nunca foi encontrado. Não se tem certeza se o cartão foi mesmo enviado pelo Zodíaco, não havia nada manuscrito nele para que se fizesse um teste de caligrafia, porém o estilo do autor era extremamente semelhante aos outros comprovadamente enviados pelo assassino.

Últimas Cartas do Zodíaco


 

Em 30 de janeiro de 1974, o assassino em série envia uma curiosa carta ao Chronicle. Nela, relata que tinha ido assistir ao filme O Exorcista, o qual diz ser o melhor filme de comédia satírica que já havia visto. No mesmo texto, escreve a seguinte nota: Eu = 37, SFPD = 0, dando a entender que já havia feito 37 vítimas enquanto a polícia de San Francisco não conseguia fazer nada para detê-lo.

Em 24 de abril de 1978, foi enviada ao San Francisco Chronicle a suposta última carta do Zodíaco, considerada inicialmente verídica. Porém o escritor Armistead Maupin, à época trabalhando naquele jornal, acusou o investigador Dave Toschi de tê-la fabricado. Isso porque anos antes Maupin escrevera uma série que contava com um detetive inspirado em Toschi, e o inspetor, tendo gostado do personagem, já lhe havia enviado algumas mensagens anônimas pedindo que continuasse a publicar as histórias.

Segundo Maupin, o estilo da redação era parecido ao que o policial escrevera anos antes. Além disso, havia citação explícita ao nome do detetive. No entanto, testes de caligrafia comprovaram que Toschi não era o responsável. Mesmo assim, ele foi afastado do caso em que trabalhava desde 1969.

Até hoje não há confirmação de que essa carta de 1978 tenha sido mesmo escrita pelo Zodíaco. Sherwood Morrill, chefe do departamento de testes de caligrafia da polícia no período em que o criminoso enviou as primeiras correspondências, afirmou que o envelope em questão tinha partido das mãos do assassino. De acordo com ele, a caligrafia era a mesma.

Vítimas

Confirmadas

Embora o Zodíaco tenha reivindicado 37 homicídios em cartas aos jornais, os investigadores confirmaram apenas sete vítimas, das quais duas sobreviveram. Eles são:

  • Betty Lou Jensen, 16 anos & David Arthur Faraday, 17 anos: baleados e mortos em 20 de dezembro de 1968, no Lake Herman Road, dentro dos limites da cidade de Benicia.
  • Darlene Elizabeth Ferrin, 22 anos & Michael Renault Mageau, 19 anos: tiro em 4 de julho de 1969, no estacionamento de Blue Rock Springs Park em Vallejo. Enquanto Mageau sobreviveu ao ataque, Ferrin foi declarada morta na chegada ao Hospital da Fundação Kaiser.
  • Bryan Calvin Hartnell, 20 anos & Cecilia Ann Shepard, 22 anos: no lago Berryessa no condado de Napa. Hartnell sobreviveu a oito facadas nas costas, mas Shepard morreu como resultado de seus ferimentos em 29 de setembro de 1969.
  • Paul Lee Stine, 29 anos: taxista baleado e morto em 11 de outubro de 1969, no bairro Presidio Heights, em San Francisco.

Suspeitas

Fatais e desaparecidas

As seguintes vítimas de assassinato são suspeitas de serem vitimadas pelo Zodíaco, embora nenhuma tenha sido confirmada:

  • Robert Domingos, 18 anos, e Linda Edwards, 17 anos: baleados e mortos em 4 de junho de 1963, em uma praia perto de Gaviota. Edwards e Domingos foram identificados como possíveis vítimas do Zodíaco devido a semelhanças específicas entre o ataque deles e o ataque do Zodíaco ao lago Berryessa, seis anos depois.
  • Cheri Jo Bates, 18 anos: esfaqueada até a morte e quase decapitada em 30 de outubro de 1966, no Riverside City College, em Riverside. A possível conexão de Bates com o Zodíaco só apareceu quatro anos depois de seu assassinato, quando o repórter Paul Avery, do San Francisco Chronicle, recebeu uma dica sobre as semelhanças entre os assassinatos do Zodíaco e as circunstâncias que cercaram a morte de Bates.
  • Donna Lass, 25 anos: vista pela última vez em 6 de setembro de 1970, em Stateline, Nevada. Um cartão postal com um anúncio dos condomínios de Forest Pines (perto de Incline Village em Lake Tahoe) colado nas costas foi recebido no Chronicle em 22 de março de 1971, e foi interpretado como o Zodíaco alegando o desaparecimento de Lass como uma vítima. Nenhuma evidência foi descoberta para conectar o desaparecimento de Lass com o Zodíaco definitivamente.

Existem teorias de que o Zodiaco Killer acabou parando de matar


 

Embora ele alegasse ser responsável por 37 mortes, nenhuma vítima do Zodíaco foi descoberta desde 1969. Ele parou de matar? A cultura popular frequentemente descreve os assassinos em série operando sob compulsões irresistíveis, mas, sob certas circunstâncias, eles podem evitar o assassinato.

O Centro Nacional para Análise de Crimes Violentos do FBI observou que os assassinos em série podem parar se algo mudar em suas vidas. Talvez chegar tão perto de ser pego na noite do assassinato de Stine tenha assustado Zodiaco para um caminho mais seguro. Outra possibilidade é que o terror que ele fomentou no público servisse como um substituto para o assassinato. Além disso, o simples fato de envelhecer pode diminuir os impulsos predatórios.

Um professor de psicologia que escreveu um livro sobre o Zodíaco postulou que o assassino pode ter se recuperado de um transtorno dissociativo de identidade, também conhecido como personalidades múltiplas. Com a recuperação, acabou seu desejo de matar. Também é possível que Zodiaco tenha parado de tirar vidas por um motivo fora de seu controle, como institucionalização, encarceramento ou sua própria morte.

Ou talvez Zodiaco continuasse a caçar vítimas, mas de uma maneira diferente. Uma carta com o carimbo do correio em 12 de novembro de 1969 ameaçava: "Não irei mais anunciar a ninguém quando cometer meus assassinatos, eles parecerão roubos de rotina, assassinatos de raiva e poucos acidentes falsos, etc." Sem conhecer o assassino, é impossível ter certeza se sua violência cessou.

Zodiaco nunca foi identificado


 

Tanto os membros da polícia quanto os detetives amadores continuam a rastrear o Assassino do Zodíaco. Seu trabalho depende das investigações originais conduzidas separadamente pelas autoridades policiais em Vallejo, no condado de Napa e em San Francisco. O caso não estava sob jurisdição federal, embora o FBI fornecesse suporte para a análise de caligrafia, impressões digitais e decodificação de mensagens do Zodiaco.

Ao longo dos anos, mais de 2.500 suspeitos foram considerados , indo até Unabomber Ted Kaczynski . Um mandado de busca foi executado para um dos principais suspeitos , Arthur Leigh Allen, mas nenhuma evidência definitiva foi descoberta. Além disso, as impressões digitais de Allen não coincidiam com as do táxi de Stine e, em 2002, o DNA retirado de um selo enviado pelo Zodiaco não correspondia ao de Allen. No entanto, a amostra de DNA era pequena e os resultados um tanto inconclusivos - além disso, Allen costumava mandar outras pessoas lamberem selos para ele.

As técnicas de DNA mais avançadas de hoje oferecem a possibilidade tentadora de uma resposta definitiva sobre quem é ou foi o Zodíaco. Mas a polícia dos anos 1960 e 70 não tinha ideia de que a análise de DNA chegaria ao local. Portanto, algumas evidências foram maltratadas ou a cadeia de custódia foi quebrada. E pedaços de evidência permanecem espalhados por várias agências de aplicação da lei. Em suma, poucas coisas estão disponíveis para análise.

Mas em 2018, o departamento de polícia de Vallejo anunciou planos de apresentar algumas provas em sua posse para testes de DNA atualizados. Um perfil de DNA completo tornaria possível pesquisar bases de dados genealógicas de código aberto para uma correspondência. Outro assassino da Califórnia, o Golden State Killer , foi preso em 2018 graças a essa abordagem. Mas, no caso do Zodíaco, nenhum resultado foi relatado até agora. 

No entanto, em 2020, três decifradores de código foram capazes de resolver uma das cifras do Zodiaco , fornecendo ainda mais evidências para ajudar a resolver a identidade do assassino.

Atualizações


 

Uma equipe de especialistas que investiga casos arquivados afirma ter identificado o Assassino do Zodiaco, o Case Breakers, uma equipe de mais de 40 ex-investigadores que inclui jornalistas e oficiais de inteligência militar, abordou outros mistérios, como o roubo de sequestro de DB Cooper , o desaparecimento do ex-chefe do sindicato Jimmy Hoffa e outros casos não resolvidos.

O Case Breakers agora está dizendo que identificou o assassino do Zodiaco como Gary Francis Poste, que faleceu em 2018. Os anos de escavação da equipe descobriram novas evidências forenses e fotos da câmara escura de Poste. Uma imagem mostra cicatrizes na testa de Poste que correspondem às cicatrizes de um esboço do Zodíaco, disse a equipe.

Gary Francis Poste

 

Outras pistas incluem decifrar cartas enviadas pelo Zodíaco que o revelaram como o assassino, disse Jen Bucholtz, ex-agente de contra-espionagem do Exército que trabalha em casos arquivados. Em uma nota, as letras do nome completo de Poste foram removidas para revelar uma mensagem alternativa.

A equipe acredita que Poste também matou Cheri Jo Bates em 31 de outubro de 1966, em Riverside, Califórnia, centenas de quilômetros ao sul da área de São Francisco e dois anos antes de ocorrer o primeiro assassinato relacionado ao Zodiaco.

A equipe disse que uma série de coincidências conecta Bates e Poste: Poste era um veterano da Força Aérea quando recebeu exames médicos por causa de um incidente com arma de fogo em um hospital localizado a 15 minutos da cena do crime de Bates. Um relógio de pulso com respingos de tinta foi coletado na cena do crime e acredita-se que tenha sido usado pelo assassino.

Poste pintou casas por mais de quatro décadas, disse a equipe. Além disso, os detetives encontraram uma impressão de salto de uma bota de estilo militar, que combinava com o mesmo estilo e tamanho das encontradas em outras cenas de crime do Zodíaco e de Poste.

Comparação entre a marca feita no esboço da polícia e uma foto de Poste

Uma mulher da Califórnia que morava ao lado de Poste e sua esposa disse que ela acredita que ele é o assassino do Zodíaco depois de ver as evidências coletadas até agora. Ela disse que Poste e sua esposa cuidaram dela quando criança nas décadas de 1970 e 1980. Ele a ensinava a atirar com armas de fogo várias vezes por semana, mas também era controlador e abusivo com a esposa, disse ela. Segundo a mulher, Poste também se tornou uma espécie de figura paterna para os amigos de seu filho. Além  disso, ele vivia uma vida dupla.

Hans Smits, um expiloto que participou da guerra do vietinã disse que passou 10 anos escondendo um denunciante que disse ter escapado de um "bando" criminoso chefiado por Poste. O homem, a quem The Case Breakers se referia apenas como Wil, disse a Smits que o pelotão vagava pela região de High Sierra na Califórnia e que ele foi "preparado para ser uma máquina de matar".

Além disso, Wil disse que testemunhou Poste enterrando armas do crime na floresta, disse Smits.

Outra mulher disse que tinha uma união estável, casada com o filho de Poste. Ela disse à Fox News que foi vítima de assédio por Poste e seu "grupo" durante o relacionamento, que incluiu danos a seu carro e outros incidentes. 

Apesar de estar morto há três anos, algumas pessoas ainda são misteriosamente leais a ele.

O grupo Case Breakers está certo?

 



Porém, o grupo Case Breakers não é muito confiavel. Apesar de ter jornalistas, detetive e outras pessoas que poderiam ajudar a desvendar casos com certa credibilidade as suas investigações, não é a realidade. O gurpo é famoso nos EUA por criar teorias de quem são os assassinos de vários casos famosos, mas que nenhuma das teorias levantadas pelo grupo nos casos tem uma base boa para ter alguma credibilidade.

Como por exemplo, o caso aqui descrito. Segundo o Case Breakers, Poste seria o assassino, pois as supostas ciatrizes na testa do criminoso feitas no retrato falado são igual a do Poste, mas a própria policia que investigou o caso fez 2 retratos falados, um com as marcas na testa e outra sem, mostrando que, na realidade, as supostas cicatrizes são, na realidade, marcas de expresão.

Espobço da polícia mostrando o suposto rosto do Zodiaco com e sem marca

Além disso, o caso Cheri Jo Bates permanece uma investigação aberta e não há detalhes adicionai, segundo a polícia.

Outra informação é que este ano, o Departamento de Polícia de Riverside ofereceu uma recompensa de US $ 50.000 por informações que levaram à condenação no caso de assassinato de décadas.


 

Recapitulando, Bates, foi encontrada morta em um beco no campus do Riverside City College depois que seu pai ligou para a polícia para relatar seu desaparecimento.

No ano seguinte ao assassinato, as autoridades receberam uma carta manuscrita que levou os investigadores a acreditarem que o assassinato pode estar ligado ao Assassino do Zodíaco. Mas, em 2016, os investigadores receberam uma carta anônima datilografada de alguém que admitiu ter escrito a nota anterior e disse que era uma "piada de mau gosto".

"O autor admitiu que não era o assassino do Zodíaco ou de Cheri Jo Bates e que estava apenas procurando atenção", disse o departamento de polícia. 

Mais tarde, os investigadores confirmaram que o autor não estava envolvido no assassinato de Bates , e o Zodiaco nunca foi ligado ao crime.

"O caso Cheri Jo Bates permanece uma investigação aberta e não temos detalhes adicionais para divulgar no momento", acrescentou a polícia.

Seguindo o Departamento de Polícia de São Francisco eles ainda não são capazes de falar sobre possíveis suspeitos no caso Zodiaco porque a investigação continua em andamento.

Mais uma vez a polícia contradiz o que o Case Breakes falam sobre o assassino do Zodiaco.

Vídeo no canal:


 

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Assassino_do_Zod%C3%ADaco

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/misterio-nao-resolvido-o-assassino-do-zodiaco-nunca-foi-identificado.phtml

https://www.bbc.com/portuguese/curiosidades-55288367

https://www.megacurioso.com.br/misterios/58736-o-misterioso-caso-do-serial-killer-zodiaco-cuja-identidade-e-desconhecida.htm

https://en.m.wikipedia.org/wiki/Zodiac_Killer

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/principal-suspeito-e-cartas-codificadas-5-curiosidades-sobre-o-assassino-do-zodiaco.phtml

https://www.biography.com/news/zodiac-killer-murder-identity

https://www.foxnews.com/us/cold-case-zodiac-killer-identified-murder?_x_tr_sl=en&_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt-BR&_x_tr_pto=sc

https://www.youtube.com/watch?v=ewU65Pvi60k

https://www.youtube.com/watch?v=3LM8rYyF0lY

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